Um projeto ambicioso, desenvolvido para fins militares, pode levar o Brasil a se tornar um importante polo de pesquisa, desenvolvimento e produção de novas tecnologias relacionadas aos veículos aéreos não tripulados, os vants – também conhecidos como drones. Idealizado para uso das Forças Armadas, o Falcão, como foi batizado, será o maior vant militar nacional.
Se o projeto avançar, a aeronave terá onze metros de envergadura, de uma ponta a outra da asa, e autonomia mínima de 16 horas. Ele poderá atuar em operações de vigilância marítima e de fronteiras, missões de busca e salvamento, no combate ao tráfico de drogas, crimes ambientais e na segurança e monitoramento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, ano em que a aeronave deve ser concluída. Até agora, cerca de R$ 85 milhões já foram investidos por parte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de institutos de pesquisa e da própria indústria.
O Falcão começou a ser desenvolvido pela Avibras no final da década passada. A empresa brasileira com sede em São José dos Campos, interior paulista, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica, contou com os sistemas de navegação e controle de outra empresa da mesma cidade, formada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Flight Technologies.
Desde fevereiro último, o Falcão integra a linha de produtos da Harpia Sistemas, empresa criada a partir da associação entre a Embraer Defesa & Segurança, braço militar da Embraer, e a AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre (RS), subsidiária da Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de produtos de defesa de Israel – a mesma a fornecer os primeiros drones para uso da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2010. Em janeiro passado, a Avibras também se tornou acionista da Harpia.
“Desde então conduzimos estudos de configurações para atender aos requisitos operacionais das Forças Armadas para um sistema de vant capaz de cumprir missões de inteligência, vigilância e reconhecimento”, diz Rodrigo Fanton, presidente da Harpia. O primeiro protótipo do Falcão é usado como ponto de partida para a adequação aos requisitos apresentados pelo Ministério da Defesa, que incluem um conjunto de sensores, sistema de comunicação de dados e uma estação de controle em solo.
A aeronave terá cerca de 800 quilos (kg), podendo transportar mais combustível e equipamentos do que outros drones da mesma categoria a uma altura de cinco mil metros. No interior, no lugar do piloto, poderão ser instalados sensores, câmeras e radares, entre outros itens. Boa parte da estrutura do Falcão foi desenvolvida com tecnologia nacional, como os sistemas de eletrônica de bordo, controle e navegação. “Ele terá dimensões equivalentes ao Super Tucano, aeronave turboélice da Embraer para ataque tático”, comenta Flavio Araripe d’Oliveira, coordenador do projeto vant no DCTA. “Vants de médio e grande porte, como o Falcão, são controlados do solo por técnicos em contêineres equipados com computadores e sistemas de comunicação”, diz.
O Falcão utiliza outro vant nacional como plataforma de testes para o sistema de navegação e controle: o Acauã, um drone de 150 kg e cinco metros de envergadura concluído em 2010. Ele foi desenvolvido pelo DCTA, centros de pesquisa do Exército (CTEx) e da Marinha (IPqM) e pela Avibras. Foram feitos dezenas de voos experimentais na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, interior de São Paulo.
Hoje, o Acauã é usado pelo DCTA, Exército e Marinha, e pelas empresas Flight Technologies e Bossan Computação Científica (BCC), do Rio de Janeiro, num novo projeto, agora voltado à concepção de uma tecnologia de pouso e decolagem automáticos, que já apresentou bons resultados nos primeiros experimentos em pista realizados em agosto. O projeto tem financiamento de R$ 4 milhões da Finep. “Desenvolvemos um sistema com sensores de aproximação com DGPS, que garante um posicionamento muito preciso por satélite, e radar altímetro capaz de medir a altura da aeronave em relação ao solo. Até agora, pouso e decolagem eram realizados apenas sob o comando de um operador”, explica D’Oliveira.
Também no DCTA pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com professores do ITA e engenheiros da empresa TGM Turbinas, com sede em Sertãozinho (SP), trabalham em outro projeto que pode impulsionar o setor brasileiro de drones. Trata-se de um motor turbojato movido a querosene de aviação que pode ser usado em vants com peso máximo de 1,2 tonelada.
A Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP) é a primeira a ser produzida no Brasil com características de durabilidade e potência de cinco mil newtons (N), força capaz de impulsionar uma aeronave de até 1,5 tonelada. “Planejamos um grupo de turbinas que possam ter aplicações em vants, mísseis e uma linha para geração de energia”, diz Alexandre Roma, da TGM, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. Ele conta que o equipamento não será usado no Falcão, mas instalado inicialmente em alvos aéreos para treinamento de pilotos em aviões de combate.
Produção em série
Em julho, a turbina foi testada pela primeira vez no banco de provas do IAE. Segundo o engenheiro mecânico José Francisco Monteiro, coordenador do projeto, todos os componentes da TAPP foram fabricados no Brasil, exceto o rolamento para a sustentação de seu eixo. Um dos objetivos é qualificar a mão de obra nacional para sua produção em série. “Como essa turbina pode ser instalada em mísseis de longo alcance, sua comercialização tem sido dificultada, devido aos tratados de não proliferação de armas nucleares. A alternativa é fabricar a turbina no Brasil”, avalia Monteiro.
Outros testes estão programados até o fim deste ano tentando fazê-la atingir a rotação máxima de 28 mil rotações por minuto. O projeto tem financiamento de R$ 30 milhões da Finep. A agência já firmou 23 contratos e convênios, num total de R$ 69 milhões, voltados ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de vants no país, conta William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep.
As vantagens inerentes ao uso dos drones em operações militares – sobretudo pelos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001 – têm atraído cada vez mais a atenção de vários países. Entre 2005 e 2012, por exemplo, o número de nações que adquiriram essa tecnologia subiu de 41 para 76. Nesse mesmo período, o número de programas de pesquisa voltados para essa área nesses países saltou de 195 para 900, impulsionando um mercado em contínua evolução. Os norte-americanos ainda controlam boa parte desse mercado. Juntas, as empresas North Grumman e General Atomics Aeronautical Systems detêm 63% de toda a produção mundial de drones, de acordo com o Government Accountability Office dos Estados Unidos.
Também os gastos anuais em pesquisa, desenvolvimento e comércio dessas aeronaves devem dobrar na próxima década, chegando aos US$ 12 bilhões – totalizando US$ 90 bilhões nos próximos dez anos –, como mostra o relatório World unmanned aerial vehicles systems, market profite and forecast 2013, divulgado em junho pela consultoria norte-americana Teal Group, especializada nas áreas aeroespacial e de defesa.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos deve seguir líder nesse setor. Israel vem logo em seguida. O país foi responsável por 41% dos drones exportados entre 2001 e 2011, segundo a Stockholm International Peace Research Institute, organização voltada à pesquisas em questões sobre conflitos e segurança internacionais.
Obtenção de dados
Avanços recentes em áreas de tecnologia computacional, além do desenvolvimento de materiais mais leves e de avançados sistemas globais de navegação, também têm atraído a atenção de pesquisadores, que usam drones para a obtenção de dados em áreas de difícil acesso.
Em 13 de junho a revista Nature publicou um artigo mostrando como esse tipo de tecnologia pode ser útil para o mundo acadêmico. Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, por exemplo, têm usado vants para medir jatos de ventos que sopram no continente antártico. Isso poderá ajudá-los a entender a dinâmica que deu origem à formação das geleiras marinhas ao redor da Antártida. Também os biólogos aderiram aos vants em seus trabalhos de campo. Já na Índia, a World Wildlife Fund (WWF) tem usado os drones para detectar a presença de caçadores.
Esse crescimento para além do âmbito militar tem se refletido no Brasil. Nos últimos anos, pelo menos cinco empresas passaram a investir em pesquisa e desenvolvimento de novas aeronaves. A AGX é uma delas. Com sede em São Carlos, interior paulista, a empresa desde 2009 trabalha com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), com sede na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, na concepção de soluções voltadas para o uso de vants na agricultura, meio ambiente e mineração.
“Esse é o setor mais dinâmico, e o de maior crescimento, da indústria aeroespacial e de defesa em todo o mundo”, diz Adriano Kancelkis, diretor-presidente da AGX, empresa que teve o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da Fapesp.
Fonte: Agência Fapesp
O blog Defesa e Armamentos (D&A) divulga noticias que envolvem as forças armadas do brasil visando promover as atividades dessas organizações junto a sociedade.
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sábado, 26 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
RIO GRANDE DO SUL QUER SEDIAR OUTRO POLO AEROESPACIAL
O segundo polo aeroespacial do país deve ser instalado no Rio Grande do Sul. Há cinco meses o governo do estado assinou acordo com a companhia israelense do ramo da eletrônica de defesa Elbit Systems, para que ela seja a empresa integradora da iniciativa, por meio da sua subsidiária no Brasil, a AEL Sistemas.
Com o parecer positivo do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, para sua criação o grupo que forma o polo se organiza para auxiliar o país no desafio de se tornar menos dependente de tecnologias estrangeiras.
Em entrevista para o Informe da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica.(Abipti), o presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Luiz Antonio Antoniazzi, diz como a iniciativa será estruturada e operada.
Uma das constantes reclamações da nossa indústria aeroespacial é a falta de compras públicas. Muitas empresas já fecharam as portas por não conseguir se manter. É viável a construção deste novo polo?
Segundo estimativas do Plano Nacional de Atividades Espaciais (Pnae), o governo federal deve investir R$ 9 bilhões para a construção de 14 satélites. O plano também ressalta que os equipamentos deverão ter conteúdo local, assim como a montagem, teste e lançamento do satélite. Dessa forma, haverá demanda e recursos suficientes para tornar a nossa iniciativa perfeitamente viável. O polo se concentrará no desenvolvimento de pequenos satélites. Para isso, detemos toda a infraestrutura necessária, pois trabalharemos em conjunto com a base industrial, as universidades, os institutos de pesquisa e o governo do estado.
As universidades, indústria e institutos de pesquisa têm expertise para trabalhar com tecnologias do setor?
Hoje, a indústria eletroeletrônica gaúcha está voltada para componentes aeronáuticos. A AEL, que é uma grande empresa de Porto Alegre, é fornecedora da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O que ela fará é trazer o conhecimento e a expertise da Elbit, que tem reconhecimento internacional na área de eletrônicos de defesa e que tem cooperações técnicas internacionais, com a Rússia na parte de satélites, a Ucrânia em lançadores e com uma empresa alemã na área de controle de satélites. Pretendemos absorver esse conhecimento e transferi-lo para as demais indústrias que farão parte desse grupo.
O conhecimento virá todo de fora?
Não. Dominamos muito conhecimento de grupos de pesquisa das universidades pertencentes ao polo gaúcho. Cito o exemplo de um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que tem reconhecimento internacional no que diz respeito ao impacto das radiações cósmicas sobre os componentes dos equipamentos do satélite. Esse know-how será transferido para a indústria e resultará em produtos que incorporarão satélites produzidos, desenvolvidos e montados aqui.
Além da UFRGS, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) também têm grupos de pesquisa e desenvolvimento nesta área espacial.
Qual é a participação do Cientec no polo?
Atuaremos na avaliação de conformidade de componentes de equipamentos que serão construídos no país. Faremos todos os ensaios de avaliação nos nossos laboratórios, que é a nossa expertise. Essa será a nossa grande contribuição.
Como será o gerenciamento do polo?
No atual estágio, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (Scit) coordena todo o processo. Ela integra a universidade, o instituto tecnológico, a indústria e o governo. Em um segundo momento, será criada a Rede Espacial. Ela funcionará nos moldes da RedePetro, iniciativa que congrega empresas privadas e instituições de ensino e pesquisa para que, juntas, possam fazer frente aos desafios do mercado por meio de novas tecnologias e de parcerias produtivas.
A Rede Espacial será um grupo permanente, coordenado pela secretaria, que integrará a indústria, a academia e as demandas do governo federal por satélite. Ele deve se reunir a cada 15 dias para discutir as demandas reais com todos os atores da iniciativa.
Fonte: Abipti
Com o parecer positivo do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, para sua criação o grupo que forma o polo se organiza para auxiliar o país no desafio de se tornar menos dependente de tecnologias estrangeiras.
Em entrevista para o Informe da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica.(Abipti), o presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Luiz Antonio Antoniazzi, diz como a iniciativa será estruturada e operada.
Uma das constantes reclamações da nossa indústria aeroespacial é a falta de compras públicas. Muitas empresas já fecharam as portas por não conseguir se manter. É viável a construção deste novo polo?
Segundo estimativas do Plano Nacional de Atividades Espaciais (Pnae), o governo federal deve investir R$ 9 bilhões para a construção de 14 satélites. O plano também ressalta que os equipamentos deverão ter conteúdo local, assim como a montagem, teste e lançamento do satélite. Dessa forma, haverá demanda e recursos suficientes para tornar a nossa iniciativa perfeitamente viável. O polo se concentrará no desenvolvimento de pequenos satélites. Para isso, detemos toda a infraestrutura necessária, pois trabalharemos em conjunto com a base industrial, as universidades, os institutos de pesquisa e o governo do estado.
As universidades, indústria e institutos de pesquisa têm expertise para trabalhar com tecnologias do setor?
Hoje, a indústria eletroeletrônica gaúcha está voltada para componentes aeronáuticos. A AEL, que é uma grande empresa de Porto Alegre, é fornecedora da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O que ela fará é trazer o conhecimento e a expertise da Elbit, que tem reconhecimento internacional na área de eletrônicos de defesa e que tem cooperações técnicas internacionais, com a Rússia na parte de satélites, a Ucrânia em lançadores e com uma empresa alemã na área de controle de satélites. Pretendemos absorver esse conhecimento e transferi-lo para as demais indústrias que farão parte desse grupo.
O conhecimento virá todo de fora?
Não. Dominamos muito conhecimento de grupos de pesquisa das universidades pertencentes ao polo gaúcho. Cito o exemplo de um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que tem reconhecimento internacional no que diz respeito ao impacto das radiações cósmicas sobre os componentes dos equipamentos do satélite. Esse know-how será transferido para a indústria e resultará em produtos que incorporarão satélites produzidos, desenvolvidos e montados aqui.
Além da UFRGS, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) também têm grupos de pesquisa e desenvolvimento nesta área espacial.
Qual é a participação do Cientec no polo?
Atuaremos na avaliação de conformidade de componentes de equipamentos que serão construídos no país. Faremos todos os ensaios de avaliação nos nossos laboratórios, que é a nossa expertise. Essa será a nossa grande contribuição.
Como será o gerenciamento do polo?
No atual estágio, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (Scit) coordena todo o processo. Ela integra a universidade, o instituto tecnológico, a indústria e o governo. Em um segundo momento, será criada a Rede Espacial. Ela funcionará nos moldes da RedePetro, iniciativa que congrega empresas privadas e instituições de ensino e pesquisa para que, juntas, possam fazer frente aos desafios do mercado por meio de novas tecnologias e de parcerias produtivas.
A Rede Espacial será um grupo permanente, coordenado pela secretaria, que integrará a indústria, a academia e as demandas do governo federal por satélite. Ele deve se reunir a cada 15 dias para discutir as demandas reais com todos os atores da iniciativa.
Fonte: Abipti
sábado, 12 de outubro de 2013
SATÉLITE CBERS-3 PASSA PELOS ÚLTIMOS TESTES E DEVE SER LANÇADO EM DEZEMBRO
A terceira versão do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers na sigla em inglês) passa pelos últimos testes na China estando mantida a previsão para lançamento em dezembro próximo. A chamada Revisão Final de Projeto (FDR), realizada em agosto, é uma etapa importante que antecede o lançamento.
Em Beijing, na China, especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês) apresentaram e discutiram os resultados dos testes elétricos e ambientais realizados no Cbers-3.
O satélite é o quarto desenvolvido pelo Programa Cbers, parceria com a China que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra. “Não tendo sido identificada discrepância de maior relevância, a conclusão dos especialistas dos dois países foi de que o satélite está pronto para iniciar a sua campanha de lançamento”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior, engenheiro do Inpe.
A próxima atividade será o acondicionamento do Cbers-3 no container de transporte. O satélite será levado ao Centro de Tayuan assim que esse autorize o início das atividades de lançamento.
Programa Cbers
Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China. Por meio da parceria entre o Inpe e a Cast, já foram lançados três satélites (Cbers-1, em 1999; Cbers-2, em 2003; e Cbers-2B, em 2007). O Cbers-4 tem lançamento previsto para 2015.
O Cbers é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. A política industrial adotada pelo Inpe permite a qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação binacional em alta tecnologia, o Cbers se traduz na criação de empregos especializados e crescimento econômico.
O Programa também tornou o Brasil o primeiro país do mundo a distribuir, pela internet, imagens de satélites sem custo ao usuário. Desde 2004, os dados distribuídos pelo Inpe são usados no monitoramento de florestas, mapeamentos de áreas agrícolas e do crescimento urbano, entre outros. A disponibilidade dos dados resulta na criação de novas aplicações, com reflexos no desenvolvimento socioeconômico do país.
Conheça o Programa Cbers na página www.cbers.inpe.br
Em Beijing, na China, especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês) apresentaram e discutiram os resultados dos testes elétricos e ambientais realizados no Cbers-3.
O satélite é o quarto desenvolvido pelo Programa Cbers, parceria com a China que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra. “Não tendo sido identificada discrepância de maior relevância, a conclusão dos especialistas dos dois países foi de que o satélite está pronto para iniciar a sua campanha de lançamento”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior, engenheiro do Inpe.
A próxima atividade será o acondicionamento do Cbers-3 no container de transporte. O satélite será levado ao Centro de Tayuan assim que esse autorize o início das atividades de lançamento.
Programa Cbers
Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China. Por meio da parceria entre o Inpe e a Cast, já foram lançados três satélites (Cbers-1, em 1999; Cbers-2, em 2003; e Cbers-2B, em 2007). O Cbers-4 tem lançamento previsto para 2015.
O Cbers é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. A política industrial adotada pelo Inpe permite a qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação binacional em alta tecnologia, o Cbers se traduz na criação de empregos especializados e crescimento econômico.
O Programa também tornou o Brasil o primeiro país do mundo a distribuir, pela internet, imagens de satélites sem custo ao usuário. Desde 2004, os dados distribuídos pelo Inpe são usados no monitoramento de florestas, mapeamentos de áreas agrícolas e do crescimento urbano, entre outros. A disponibilidade dos dados resulta na criação de novas aplicações, com reflexos no desenvolvimento socioeconômico do país.
Conheça o Programa Cbers na página www.cbers.inpe.br
sábado, 5 de outubro de 2013
ALTERAÇÕES AUMENTAM SEGURANÇA DO SATÉLITE CBERS-4
Previsto para ser lançado em 2015 o quarto satélite de sensoriamento remoto da série Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers), desenvolvido em parceria com a China, deve ter sua segurança aumentada.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), estuda alterações no sistema de conversores que compões a parte elétrica. Para o coordenador da Engenharia e Tecnologia Espacial do Inpe, Amauri Silva Montes, as mudanças visam a dar maior confiabilidade ao equipamento.
O Cbers-3, que já passou por todos os testes laboratoriais, tem lançamento previsto para o final deste ano a partir da China.
Fonte: O Vale
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), estuda alterações no sistema de conversores que compões a parte elétrica. Para o coordenador da Engenharia e Tecnologia Espacial do Inpe, Amauri Silva Montes, as mudanças visam a dar maior confiabilidade ao equipamento.
O Cbers-3, que já passou por todos os testes laboratoriais, tem lançamento previsto para o final deste ano a partir da China.
Fonte: O Vale
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Conheça as mudanças no Projeto Veículo Lançador de Satélites (VLS) na última década
O gerente do Veículo Lançador de Satélites (VLS), Tenente-Coronel Engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Júnior, explica como está o projeto atualmente, o que mudou desde o incêndio na plataforma do Centro de Lançamento de Alcântara em 2003, no Maranhão, e a previsão para o novo lançamento do VLS.
Localizado a 2 graus ao sul da Linha do Equador, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, é considerado estratégico para o lançamento de satélites. A instalação nessa posição geográfica permite uma economia de até 30% do combustível necessário para impulsionar um foguete. Conheça um pouco mais sobre as atividades do CLA, um local onde convivem lado a lado a tecnologia de ponta e os casarões do Brasil Império.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Foguete de Treinamento é lançado com sucesso em Alcântara

O lançamento do FTB foi acompanhado por 90 professores e educadores das redes públicas de ensino federal, estadual e municipal no Maranhão. Parte do efetivo do CLA e professores da Escola Caminho das Estrelas (ECE) ligada ao Comando da Aeronáutica e que oferta o ensino fundamental a dependentes dos servidores do Centro e moradores de Alcântara também acompanharam o lançamento. Os professores e educadores participam da 7ª Escola do Espaço, evento organizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) por meio do Programa AEB Escola.
O lançamento ocorreu às 14h51min pelo horário local. O foguete atingiu 32,31 quilômetros de altitude máxima (apogeu) em 1 minuto e 18 segundos de voo. Da plataforma de disparo até o local de impacto no Oceano Atlântico, o FTB percorreu 16,45 quilômetros. O veículo voou por 2 minutos e 47 segundos até atingir a área de dispersão prevista para a operação.
Conforme o Engenheiro José Alano Perez Abreu, Coordenador de Lançamento Adjunto (ACOL) da Operação Falcão II/ 2013, o veículo seguiu a trajetória prevista e manteve a operacionalidade das equipes tanto do CLA quanto do CLBI, bem como a maturação de novos sistemas implantados a exemplo da Cronologia On-Line e do Sistema de Controle Operacional e Disparo (SCOD) que tornam mais ágeis as etapas de preparação, lançamento e rastreio dos foguetes operados a partir de Alcântara.
O coordenador ainda destacou a importância da atividade para obtenção da qualificação e certificação do FTB junto ao Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI). “A fase de qualificação e certificação do FTB é uma etapa essencial para assegurar que se seguindo os parâmetros estabelecidos pelo fabricante o veículo terá uma performance em voo semelhante a cada lançamento realizado” concluiu o Engenheiro Alano.
Capacitação
O lançamento do FTB fez parte da programação do 7ª Escola do Espaço. O evento possibilitou aos professores participantes do curso presenciar in loco uma operação real de foguete. Ao longo da semana eles participaram de apresentações e oficinas com temáticas como o atividades do CLA, corrida espacial, montagem e manuseio de luneta, construção e lançamento de foguete de garrafa pet, astronomia, atividades de centro de lançamento e o FTB, veículos suborbitais e lançadores de satélites, funcionalidade de satélites e plataformas espaciais e GPS, clima espacial, o universo, microgravidade e fisiologia espacial.
Capacitação
O lançamento do FTB fez parte da programação do 7ª Escola do Espaço. O evento possibilitou aos professores participantes do curso presenciar in loco uma operação real de foguete. Ao longo da semana eles participaram de apresentações e oficinas com temáticas como o atividades do CLA, corrida espacial, montagem e manuseio de luneta, construção e lançamento de foguete de garrafa pet, astronomia, atividades de centro de lançamento e o FTB, veículos suborbitais e lançadores de satélites, funcionalidade de satélites e plataformas espaciais e GPS, clima espacial, o universo, microgravidade e fisiologia espacial.
Além disso, visitaram as instalações do CLA e a cidade de Alcântara em visitas à Casa de Cultura Aeroespacial, museu do CLA situado no município e dos Museus Histórico de Alcântara e Casa Histórica de Alcântara que retratam a realidade da antiga sociedade alcantarense.
Para o professor Mauro Cézar Prazeres Vieira, formado em Relações Públicas e gestor escolar a atividade foi primordial para expandir seus conhecimentos em astronomia.
“Foi a primeira oportunidade que tive de obter informações sobre a atividade espacial em alto nível e adequado a uma linguagem de simples entendimento”, ressaltou o professor que 21 anos atrás serviu no CLA na 2ª turma de soldados de 1992 e hoje é integrante da Sociedade de Astronomia do Maranhão (SAMA).
sábado, 7 de setembro de 2013
LANÇADO COM SUCESSO O VS-30/MAPHEUS 4
Brasília 30 de julho de 2013 - No dia 15 julho, foi lançado com sucesso o foguete de sondagem VS-30, da Operação Mapheus 4, do Centro Espacial de Esrange, em Kiruna (Suécia). O foguete alcançou uma altitude aproximada de 151 km e alcance de 60 km. A carga útil foi recuperada com sucesso e já esta disponível na base para analises dos pesquisadores envolvidos na missão.
O VS-30 é um veículo suborbital monoestágio a propulsão sólida com capacidade de efetuar missões com cargas úteis na faixa de 260 a 330 kg para um apogeu de 120 a 160 km. O seu voo proporciona até cinco minutos de permanência em ambiente de microgravidade.
O veículo possui cerca de 8 metros de comprimento e massa total de 1,5ton na decolagem. O projeto teve início em 1996 e o primeiro voo de qualificação ocorreu em 1997, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara e até o presente foram efetuados 10 lançamentos.
Foto: German Aerospace Center (DLR)
Fonte: Sscspace
terça-feira, 3 de setembro de 2013
BRASIL TERÁ NAVIO PARA PESQUISA DE PONTA NA ÁREA DE HIDROCEANOGRAFIA
Brasília 26 de julho de 2013 - O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil anunciaram nesta terça-feira (23) a aquisição do navio de pesquisas hidroceanográfico que vai ampliar a presença da ciência brasileira no Atlântico Sul e Tropical.
A embarcação integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que prevê uma série de ações de interesse nacional em áreas específicas do conhecimento, como a conservação da biodiversidade marinha, a melhoria de processos associados à pesca, aquicultura e maricultura, bioprospecção, proteção e adaptação de zonas costeiras para as mudanças climáticas, realização de estudos sobre vias fluviais, hidráulica fluvial e portuária, além de formação de recursos humanos na área de hidroceanografia.
A compra, no valor de R$ 162 milhões, é resultado de um acordo de cooperação entre o MCTI, o Ministério da Defesa/Marinha do Brasil, a Petrobras e a empresa Vale. “Estamos concretizando uma demanda antiga da comunidade científica, que culminará em um grande avanço para as pesquisas oceanográficas e para o uso sustentável dos nossos recursos marítimos e fluviais”, disse o ministro Marco Antonio Raupp.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, almirante Wilson Guerra, o navio está sendo construído na China, que detém a expertise em embarcações do tipo offshore (com capacidade para navegar em alto mar). A previsão é a de que o projeto esteja concluído até o segundo semestre de 2014.
O anúncio foi feito durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até sexta-feira (26), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife.
Pesquisa de ponta
Segundo a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte, a embarcação terá capacidade para 146 tripulantes, dos quais 60 pesquisadores, e irá contribuir para o progresso de pesquisas nas áreas de química, geologia, biologia e física marinha.
O navio será equipado com o que há de mais avançado em termos de tecnologia, o que permitirá o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras.
Um dos equipamentos presentes na embarcação é o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), que irá operar a uma profundidade de 4 mil metros. “Quando pensamos nos recursos que podemos extrair do mar, temos em mente apenas o petróleo. Mas há uma riqueza marítima imensa, como metais, minas e polimetálicos, que têm muito valor e diversas aplicabilidades”, observou o almirante Guerra. “Além disso, há milhares de seres vivos dos quais podemos extrair enzimas que podem usadas, por exemplo, na produção de fármacos. Estamos falando de uma riqueza imensa, de uma serie de produtos que podem ser revertidos em benefício da sociedade”.
A França, o Japão, a China e a Rússia são alguns dos países que possuem navios equipados com alta tecnologia, destinados a essa finalidade. “Certamente, essa aquisição poderá alçar o Brasil ao nível das pesquisas realizadas nesses lugares”, avaliou Guerra.
O Inpoh
De acordo com o ministro Raupp, o Inpoh é resultado de uma “intensa articulação” entre o MCTI, a Marinha do Brasil, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Secretaria de Portos da Presidência da República. “Além de contar com previsão orçamentária para entrar em operação, o instituto tem total apoio da comunidade científica e das universidades brasileiras”.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, acrescentou que a instituição agregará as atividades de hidroceanografia desenvolvidas no país, além de criar novas oportunidades para os cientistas e a pesquisa nacional. “O Inpoh vai coordenar, integrar, harmonizar, cobrir lacunas e avançar nas pesquisas realizadas nessas áreas”.
O instituto irá operar como organização social (OS). O diretor interino é Serge Estefen, também diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Segundo a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte, a criação do Inpoh capacitará o Brasil a ter coparticipação nas tomadas de decisão em fóruns globais sobre os oceanos, garantindo, por meio do conhecimento gerado, a conservação e o uso sustentável dos bens e serviços dos recursos hídricos nacionais.
Fonte: MCTI
A embarcação integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que prevê uma série de ações de interesse nacional em áreas específicas do conhecimento, como a conservação da biodiversidade marinha, a melhoria de processos associados à pesca, aquicultura e maricultura, bioprospecção, proteção e adaptação de zonas costeiras para as mudanças climáticas, realização de estudos sobre vias fluviais, hidráulica fluvial e portuária, além de formação de recursos humanos na área de hidroceanografia.
A compra, no valor de R$ 162 milhões, é resultado de um acordo de cooperação entre o MCTI, o Ministério da Defesa/Marinha do Brasil, a Petrobras e a empresa Vale. “Estamos concretizando uma demanda antiga da comunidade científica, que culminará em um grande avanço para as pesquisas oceanográficas e para o uso sustentável dos nossos recursos marítimos e fluviais”, disse o ministro Marco Antonio Raupp.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, almirante Wilson Guerra, o navio está sendo construído na China, que detém a expertise em embarcações do tipo offshore (com capacidade para navegar em alto mar). A previsão é a de que o projeto esteja concluído até o segundo semestre de 2014.
O anúncio foi feito durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até sexta-feira (26), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife.
Pesquisa de ponta
Segundo a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte, a embarcação terá capacidade para 146 tripulantes, dos quais 60 pesquisadores, e irá contribuir para o progresso de pesquisas nas áreas de química, geologia, biologia e física marinha.
O navio será equipado com o que há de mais avançado em termos de tecnologia, o que permitirá o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras.
Um dos equipamentos presentes na embarcação é o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), que irá operar a uma profundidade de 4 mil metros. “Quando pensamos nos recursos que podemos extrair do mar, temos em mente apenas o petróleo. Mas há uma riqueza marítima imensa, como metais, minas e polimetálicos, que têm muito valor e diversas aplicabilidades”, observou o almirante Guerra. “Além disso, há milhares de seres vivos dos quais podemos extrair enzimas que podem usadas, por exemplo, na produção de fármacos. Estamos falando de uma riqueza imensa, de uma serie de produtos que podem ser revertidos em benefício da sociedade”.
A França, o Japão, a China e a Rússia são alguns dos países que possuem navios equipados com alta tecnologia, destinados a essa finalidade. “Certamente, essa aquisição poderá alçar o Brasil ao nível das pesquisas realizadas nesses lugares”, avaliou Guerra.
O Inpoh
De acordo com o ministro Raupp, o Inpoh é resultado de uma “intensa articulação” entre o MCTI, a Marinha do Brasil, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Secretaria de Portos da Presidência da República. “Além de contar com previsão orçamentária para entrar em operação, o instituto tem total apoio da comunidade científica e das universidades brasileiras”.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, acrescentou que a instituição agregará as atividades de hidroceanografia desenvolvidas no país, além de criar novas oportunidades para os cientistas e a pesquisa nacional. “O Inpoh vai coordenar, integrar, harmonizar, cobrir lacunas e avançar nas pesquisas realizadas nessas áreas”.
O instituto irá operar como organização social (OS). O diretor interino é Serge Estefen, também diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Segundo a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte, a criação do Inpoh capacitará o Brasil a ter coparticipação nas tomadas de decisão em fóruns globais sobre os oceanos, garantindo, por meio do conhecimento gerado, a conservação e o uso sustentável dos bens e serviços dos recursos hídricos nacionais.
Fonte: MCTI
quarta-feira, 31 de julho de 2013
CLA lança com sucesso oitavo Foguete de Treinamento Intermediário em Alcântara
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou com sucesso na tarde desta quinta-feira (13/6) o lançamento do oitavo Foguete de Treinamento Intermediário (FTI). A atividade integra a Operação Águia I/ 2013 que se encerra na próxima quarta-feira (19/6) na unidade da Força Aérea, no Maranhão.
O lançamento foi acompanhado por estudantes do Institututo Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) do Campus Alcântara e por um grupo de alunos e professores da Escola Caminho das Estrelas (ECE), unidade de ensino fundamental ligada ao Comando da Aeronáutica e situada nas dependências do CLA.
Conforme os dados de rastreio do FTI, o veículo atingiu uma altitude máxima (apogeu) de 52,59 quilômetros em 1min46seg de voo. Do local de lançamento até o local de dispersão em mar o foguete percorreu 82,39 quilômetros em linha reta. Ao todo, o FTI realizou um voo de 3min36seg até sua queda na área de segurança prevista para a operação.
Pela primeira vez foram testados neste tipo de veículo dois novos sistemas: o Sistema de Controle Operacional e Disparo (SCOD) e de Interfonia Operacional, implantados este ano no CLA. De acordo com o Coronel Enegenheiro César Demétrio Santos, Diretor do Centro, os novos sistemas digitais tornam mais àgeis e dinâmicos as etapas que devem ser seguidas na cronologia de lançamento.
Além de testar os novos e sistemas já em funcionamento no CLA, o lançamento teve também por por objetivo realizar o treinamento operacional do Centro de Lançamento e, ainda, a obtenção de dados para qualificação e certificação do veículo.
A Operação Águia I/ 2013 é realizada pelo CLA, unidade da FAB subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e conta com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), da Segunda Força Aérea (FAE II), da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e participação de equipes do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1°/8° GAv) e do Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3°/7° Gav). Operação Águia I/2013
Horário de lançamento: 15h14min (horário local) Apogeu (altitude máxima): 52,59 Km Tempo do apogeu: 106 seg (1min46seg) Distância percorrida do local de lançamento até área de impacto: 82,39 Km Tempo total de voo: 216 seg (3min36seg) Fonte: CLA
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Programa de lançadores sofre escassez de investimento
O programa brasileiro de lançadores também sofre com a falta de investimentos. Segundo o Valor apurou, os recursos que estavam previstos no PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) para os foguetes em 2013 ainda não foram liberados. Os foguetes VLS Alfa e VLS Beta, por exemplo, que tinham R$ 19 milhões planejados, não receberam nada até agora.
No VLM (Veículo Lançador de Microssatélites), dos R$ 25 milhões programados, chegaram somente R$ 10 milhões. O VLS-1 recebeu R$ 16 milhões, de um total de R$ 45,7 milhões previstos no orçamento do PNAE. Os voos de qualificação do foguete, que estavam previstos para o primeiro trimestre de 2014, foi replanejado para entre 2016 e 2017.
Para tentar resolver o problema, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, disse que propôs em parceria com o ministro da Defesa, Celso Amorim, reformulação do orçamento previsto para o desenvolvimento de foguetes no PNAE. O ministro admite que existe um déficit e que a revisão dos valores de investimento é necessária. "Necessitamos de um pouco mais de investimento para dar prosseguimento aos projetos.
Já estamos negociando os novos valores com os órgãos financeiros do governo", disse. Segundo ele, a proposta que será levada à presidente Dilma prevê um valor de R$ 293 milhões para a qualificação do VLS-1 e do VLM. No PNAE, os dois projetos têm recursos previstos da ordem de R$ 270 milhões.
O pedido de revisão já foi assinado pelo ministro, que aguarda apenas a assinatura de Amorim, para encaminhar a exposição de motivos à presidente Dilma.
O volume reduzido de aportes em projetos como o VLS e o VLM, segundo o Valor apurou, também já afeta as empresas fornecedoras do programa espacial que, devido à falta de contratos e de novos projetos, estão fazendo demissões. Este é o caso das empresas Orbital, Mectron e Equatorial.
A reformulação do orçamento ao programa de lançadores, de acordo com o ministro, foi proposta pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), órgão responsável pelo desenvolvimento dos foguetes do programa espacial. Para dinamizar ainda mais o processo de domínio do Brasil na área de lançadores de satélites, o governo incentiva a formação de uma empresa integradora de lançadores, a exemplo do que foi feito com a Visiona, na área de satélites.
A Visiona, criada a partir de uma associação entre a Telebrás (49%) e a Embraer (51%), tem como foco o programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O primeiro satélite, que está sendo adquirido de fornecedores externos, está previsto para ser lançado entre o fim de 2014 e início de 2015.
O ministro disse que empresas como a Odebrecht já teriam manifestado o interesse em participar de uma composição empresarial na área de lançadores, assim como a Avibras.
"Seria uma formulação empresarial com diferentes acionistas, inclusive uma empresa internacional, mas a articulação do programa continuaria nas mãos do DCTA." Entre as empresas internacionais interessadas, o ministro citas as europeias Astrium e Avio. (VS)
No VLM (Veículo Lançador de Microssatélites), dos R$ 25 milhões programados, chegaram somente R$ 10 milhões. O VLS-1 recebeu R$ 16 milhões, de um total de R$ 45,7 milhões previstos no orçamento do PNAE. Os voos de qualificação do foguete, que estavam previstos para o primeiro trimestre de 2014, foi replanejado para entre 2016 e 2017.
Para tentar resolver o problema, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, disse que propôs em parceria com o ministro da Defesa, Celso Amorim, reformulação do orçamento previsto para o desenvolvimento de foguetes no PNAE. O ministro admite que existe um déficit e que a revisão dos valores de investimento é necessária. "Necessitamos de um pouco mais de investimento para dar prosseguimento aos projetos.
Já estamos negociando os novos valores com os órgãos financeiros do governo", disse. Segundo ele, a proposta que será levada à presidente Dilma prevê um valor de R$ 293 milhões para a qualificação do VLS-1 e do VLM. No PNAE, os dois projetos têm recursos previstos da ordem de R$ 270 milhões.
O pedido de revisão já foi assinado pelo ministro, que aguarda apenas a assinatura de Amorim, para encaminhar a exposição de motivos à presidente Dilma.
O volume reduzido de aportes em projetos como o VLS e o VLM, segundo o Valor apurou, também já afeta as empresas fornecedoras do programa espacial que, devido à falta de contratos e de novos projetos, estão fazendo demissões. Este é o caso das empresas Orbital, Mectron e Equatorial.
A reformulação do orçamento ao programa de lançadores, de acordo com o ministro, foi proposta pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), órgão responsável pelo desenvolvimento dos foguetes do programa espacial. Para dinamizar ainda mais o processo de domínio do Brasil na área de lançadores de satélites, o governo incentiva a formação de uma empresa integradora de lançadores, a exemplo do que foi feito com a Visiona, na área de satélites.
A Visiona, criada a partir de uma associação entre a Telebrás (49%) e a Embraer (51%), tem como foco o programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O primeiro satélite, que está sendo adquirido de fornecedores externos, está previsto para ser lançado entre o fim de 2014 e início de 2015.
O ministro disse que empresas como a Odebrecht já teriam manifestado o interesse em participar de uma composição empresarial na área de lançadores, assim como a Avibras.
"Seria uma formulação empresarial com diferentes acionistas, inclusive uma empresa internacional, mas a articulação do programa continuaria nas mãos do DCTA." Entre as empresas internacionais interessadas, o ministro citas as europeias Astrium e Avio. (VS)
quinta-feira, 4 de julho de 2013
CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA FINALIZA COM SUCESSO LANÇAMENTO DE FOGUETE DE TREINAMENTO
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou com sucesso o lançamento do Foguete de Treinamento Básico (FTB) dentro das atividades da Operação Falcão I/ 2013.
A operação, iniciada na segunda-feira (21) teve por objetivo realizar o lançamento e rastreio do veículo de treinamento, com a finalidade de realizar o treinamento operacional do Centro de Lançamento e, bem como, a obtenção de dados para a qualificação e a certificação do foguete.
O foguete seguiu conforme os parâmetros previstos para este tipo de operação e foi lançado às 14h29 e voou 167,8 segundos até atingir a área de impacto determinada. O veículo atingiu 31,8 Km de altitude máxima em apenas 76 segundos de voo.
Do local de lançamento até a dispersão no oceano, o FTB percorreu 18,01 Km em linha reta. A Operação Falcão I/ 2013 envolveu 100 servidores do CLA e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e contou, também, com a participação da equipe de Alcântara do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) responsável pela recepção de dados do veículo lançado.
Na operação, pela primeira vez foram testados dois novos sistemas um de controle operacional e disparo e outro de interfonia para contato entre as equipes. O lançamento foi acompanhado por 30 alunos e professores da Escola Caminho das Estrelas, situadas nas dependências do Centro e responsável por ministrar o ensino fundamental regular aos dependentes do efetivo civil e militar da unidade, além de atender à comunidade alcantarense.
O próximo lançamento será de um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), em junho, durante a Operação Águia I/ 2013. Operação Falcão I/ 2013 Horário de lançamento: 14h29 (horário local) Apogeu (altitude máxima): 31,8 km Tempo do apogeu: 76seg Distância percorrida do local de lançamento até área de impacto: 18,1 km Tempo total de voo: 167,8 km Fonte: Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
A operação, iniciada na segunda-feira (21) teve por objetivo realizar o lançamento e rastreio do veículo de treinamento, com a finalidade de realizar o treinamento operacional do Centro de Lançamento e, bem como, a obtenção de dados para a qualificação e a certificação do foguete.
O foguete seguiu conforme os parâmetros previstos para este tipo de operação e foi lançado às 14h29 e voou 167,8 segundos até atingir a área de impacto determinada. O veículo atingiu 31,8 Km de altitude máxima em apenas 76 segundos de voo.
Do local de lançamento até a dispersão no oceano, o FTB percorreu 18,01 Km em linha reta. A Operação Falcão I/ 2013 envolveu 100 servidores do CLA e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e contou, também, com a participação da equipe de Alcântara do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) responsável pela recepção de dados do veículo lançado.
Na operação, pela primeira vez foram testados dois novos sistemas um de controle operacional e disparo e outro de interfonia para contato entre as equipes. O lançamento foi acompanhado por 30 alunos e professores da Escola Caminho das Estrelas, situadas nas dependências do Centro e responsável por ministrar o ensino fundamental regular aos dependentes do efetivo civil e militar da unidade, além de atender à comunidade alcantarense.
O próximo lançamento será de um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), em junho, durante a Operação Águia I/ 2013. Operação Falcão I/ 2013 Horário de lançamento: 14h29 (horário local) Apogeu (altitude máxima): 31,8 km Tempo do apogeu: 76seg Distância percorrida do local de lançamento até área de impacto: 18,1 km Tempo total de voo: 167,8 km Fonte: Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
quinta-feira, 27 de junho de 2013
LANÇADO COM SUCESSO O VSB-30 V17 – TEXUS 50
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) lançou com sucesso o 14º foguete VSB-30 na manhã desta sexta-feira, dia 12 de abril.
Às 06h25m, mais um veículo VSB-30 foi lançado, a partir do Centro Espacial de Esrange, na Suécia. O foguete levou ao Espaço o experimento TEXUS 50, que faz parte do Programa Europeu de Microgravidade.
O desempenho do VSB-30 V17 foi perfeito, com os seguintes dados de voo: - Tempo de microvidade de 380 s; - Apogeu de 261 km; - Dispersão do ponto de impacto de 1,5 sigma.
O Programa TEXUS iniciou-se em 1977 com objetivo principal de investigar as propriedades e o comportamento de materiais, produtos químicos e substâncias biológicas em ambiente de microgravidade, utilizando-se de foguetes de sondagem.
Esse Programa é conduzido pelo Instituto de Pesquisa Alemão (DLR), Agência Espacial Européia (ESA), EADS Astrium e SSC (Swedish Space Corporation), com financiamento da ESA e do DLR. A empresa SSC é a responsável pelas operações de lançamento.
Desde 2005, o foguete brasileiro VSB-30 tem sido usado no Programa TEXUS, em virtude da capacidade desse veículo de transportar aproximadamente 370 kg de carga-útil, a cerca de 270 km de altitude.
Local de Lançamento: Centro Espacial de Esrange
Informações técnicas:
Tipo de foguete: VSB 30 – DCTA-IAE
Diâmetro nominal: 557 milímetros
Peso total:2640 kg
Apogeu: ~268 km Fonte: IAE
Às 06h25m, mais um veículo VSB-30 foi lançado, a partir do Centro Espacial de Esrange, na Suécia. O foguete levou ao Espaço o experimento TEXUS 50, que faz parte do Programa Europeu de Microgravidade.
O desempenho do VSB-30 V17 foi perfeito, com os seguintes dados de voo: - Tempo de microvidade de 380 s; - Apogeu de 261 km; - Dispersão do ponto de impacto de 1,5 sigma.
O Programa TEXUS iniciou-se em 1977 com objetivo principal de investigar as propriedades e o comportamento de materiais, produtos químicos e substâncias biológicas em ambiente de microgravidade, utilizando-se de foguetes de sondagem.
Esse Programa é conduzido pelo Instituto de Pesquisa Alemão (DLR), Agência Espacial Européia (ESA), EADS Astrium e SSC (Swedish Space Corporation), com financiamento da ESA e do DLR. A empresa SSC é a responsável pelas operações de lançamento.
Desde 2005, o foguete brasileiro VSB-30 tem sido usado no Programa TEXUS, em virtude da capacidade desse veículo de transportar aproximadamente 370 kg de carga-útil, a cerca de 270 km de altitude.
Local de Lançamento: Centro Espacial de Esrange
Informações técnicas:
Tipo de foguete: VSB 30 – DCTA-IAE
Diâmetro nominal: 557 milímetros
Peso total:2640 kg
Apogeu: ~268 km Fonte: IAE
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Centro de Lançamento de Alcântara completa 30 anos
Centro de Lançamento de Alcântara completa 30 anos
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Raio X no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), conhecido simplesmente como Barreira do Inferno, é uma base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes. Fundada em 1965, se tornou a primeira base aérea de foguetes da América do Sul.
Está localizada na Rota do Sol, no município de Parnamirim, a 12 km de Natal, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Norte. Nela se concentram operações de lançamento de foguetes de pequeno e de médio porte.
O local foi escolhido pois é próximo do equador magnético; aproveitava o suporte logístico já existente; a região apresenta baixo índice pluviométrico; grande área de impacto representado pelo oceano e condições de ventos predominantemente favoráveis.
O centro é aberto a visitação da população e turistas, porém deve-se fazer um agendamento. Em março de 2011, a então presidente Dilma Rousseff passou o carnaval no hotel de trânsito da base, permanecendo isolada, aproveitando a segurança das instalações.
A faixa de praia da base, por estar protegida do acesso do público externo, tornou-se uma importante área de reprodução de tartarugas marinhas, sob a supervisão do Projeto Tamar.
Lançamento
O Nike Apache, foi o primeiro foguete a ser lançado desta base. Ocorreu em 15 dezembro de 1965 e era um foguete de sondagem de fabricação dos Estados Unidos.
Nesta base já foram lançados mais de 400 foguetes, desde os pequenos foguetes de sondagem meteorológica do tipo Loki, até veículos de alta performance da classe Castor-Lance, de quatro estágios.
Dois experimentos envolvendo o INPE, a NASA e o CLBI merecem destaque:
Projeto Exametnet – para estudos da atmosfera em altitudes de 30 a 60 km, quando foram realizadas 88 operações entre 1966 e 1978, totalizando 207 lançamentos; e o projeto Ozônio – para estudar a camada de ozônio, com um total de 81 lançamentos, entre 1978 e 1990.
No que se refere a lançamentos orbitais, em particular equatoriais, o CLBI presta serviços de rastreio e de segurança de veículos satelizadores lançados do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Uma outra ação desenvolvida no Centro e que merece destaque é a intensa cooperação com a Agência Espacial Européia (ESA), através da atividade de rastreamento do veículo Ariane, desde seu voo inaugural.
Atuais atividades da base
As atuais atividades da base são: Rastreamento do veículo lançador Ariane, em conjunto com o Centro Espacial Francês no (Kourou, Guiana Francesa), em conformidade com o estabelecido em um acordo com a Agência Espacial Européia (ESA).
Continuação dos testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica.
Disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos de interesse da Marinha e do Exército Brasileiro, visando, além da participação de projetos de interesse da Força Aérea Brasileira, incremento da cooperação entre as Forças Armadas.
Venda de serviços de lançamentos e rastreamentos de foguetes suborbitais para organizações nacionais e estrangeiras, colocando os meios operacionais à disposição da comunidade científica internacional para a realização de operações espaciais, em especial aquelas relacionadas com a pesquisa e o monitoramento do meio ambiente, principalmente através da observação da atmosfera. Tal como é o projeto EXAMETNET que foi dirigido para o estudo da atmosfera na faixa entre 30 a 60 km de altitude.
Está localizada na Rota do Sol, no município de Parnamirim, a 12 km de Natal, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Norte. Nela se concentram operações de lançamento de foguetes de pequeno e de médio porte.
O local foi escolhido pois é próximo do equador magnético; aproveitava o suporte logístico já existente; a região apresenta baixo índice pluviométrico; grande área de impacto representado pelo oceano e condições de ventos predominantemente favoráveis.
O centro é aberto a visitação da população e turistas, porém deve-se fazer um agendamento. Em março de 2011, a então presidente Dilma Rousseff passou o carnaval no hotel de trânsito da base, permanecendo isolada, aproveitando a segurança das instalações.
A faixa de praia da base, por estar protegida do acesso do público externo, tornou-se uma importante área de reprodução de tartarugas marinhas, sob a supervisão do Projeto Tamar.
Lançamento
O Nike Apache, foi o primeiro foguete a ser lançado desta base. Ocorreu em 15 dezembro de 1965 e era um foguete de sondagem de fabricação dos Estados Unidos.
Nesta base já foram lançados mais de 400 foguetes, desde os pequenos foguetes de sondagem meteorológica do tipo Loki, até veículos de alta performance da classe Castor-Lance, de quatro estágios.
Dois experimentos envolvendo o INPE, a NASA e o CLBI merecem destaque:
Projeto Exametnet – para estudos da atmosfera em altitudes de 30 a 60 km, quando foram realizadas 88 operações entre 1966 e 1978, totalizando 207 lançamentos; e o projeto Ozônio – para estudar a camada de ozônio, com um total de 81 lançamentos, entre 1978 e 1990.
No que se refere a lançamentos orbitais, em particular equatoriais, o CLBI presta serviços de rastreio e de segurança de veículos satelizadores lançados do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Uma outra ação desenvolvida no Centro e que merece destaque é a intensa cooperação com a Agência Espacial Européia (ESA), através da atividade de rastreamento do veículo Ariane, desde seu voo inaugural.
Atuais atividades da base
As atuais atividades da base são: Rastreamento do veículo lançador Ariane, em conjunto com o Centro Espacial Francês no (Kourou, Guiana Francesa), em conformidade com o estabelecido em um acordo com a Agência Espacial Européia (ESA).
Continuação dos testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica.
Disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos de interesse da Marinha e do Exército Brasileiro, visando, além da participação de projetos de interesse da Força Aérea Brasileira, incremento da cooperação entre as Forças Armadas.
Venda de serviços de lançamentos e rastreamentos de foguetes suborbitais para organizações nacionais e estrangeiras, colocando os meios operacionais à disposição da comunidade científica internacional para a realização de operações espaciais, em especial aquelas relacionadas com a pesquisa e o monitoramento do meio ambiente, principalmente através da observação da atmosfera. Tal como é o projeto EXAMETNET que foi dirigido para o estudo da atmosfera na faixa entre 30 a 60 km de altitude.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Barreira do Inferno Inicia Operações de Lançamento com Sucesso
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), lançou, às 15h, do dia 13 de março, um Foguete de Treinamento Básico (FTB). O lançamento faz parte da Operação Barreira IX – a primeira do ano.
O voo ocorreu exatamente como esperado. Sua duração foi de 2 minutos e 45 segundos. O foguete alcançou 17 km e teve apogeu de 32 km. Ao todo, 648 servidores do CLBI foram envolvidos na operação.
“O lançamento foi um sucesso. Os parâmetros de lançamento foram alcançados e já estamos prontos para as próximas missões previstas em nosso calendário operacional.”, afirmou Claudio Silva Braga, coordenador de geral da operação.
O objetivo da operação é manter a capacitação dos recursos humanos e os meios operacionais, além de obter a qualificação e a certificação do foguete, cumprindo as metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais.
Também participam da Operação Barreira IX:
Agência Espacial Brasileira (AEB),
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA),
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III),
Instituto de Fomento Industrial (IFI),
3º Distrito Naval,
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e
AVIBRAS.
Fonte: CLBI
O voo ocorreu exatamente como esperado. Sua duração foi de 2 minutos e 45 segundos. O foguete alcançou 17 km e teve apogeu de 32 km. Ao todo, 648 servidores do CLBI foram envolvidos na operação.
“O lançamento foi um sucesso. Os parâmetros de lançamento foram alcançados e já estamos prontos para as próximas missões previstas em nosso calendário operacional.”, afirmou Claudio Silva Braga, coordenador de geral da operação.
O objetivo da operação é manter a capacitação dos recursos humanos e os meios operacionais, além de obter a qualificação e a certificação do foguete, cumprindo as metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais.
Também participam da Operação Barreira IX:
Agência Espacial Brasileira (AEB),
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA),
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III),
Instituto de Fomento Industrial (IFI),
3º Distrito Naval,
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e
AVIBRAS.
Fonte: CLBI
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Raio X no Centro de Lançamento de Alcântara
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), foi a denominação atribuída à segunda base de lançamentos de foguetes da Força Aérea Brasileira. Destina-se a realizar missões de lançamentos de satélites e sedia os testes do Veículo Lançador de Satélites (VLS).
Localização
Ela está situada na latitude 2°18’ sul, e tinha originalmente uma área de 620 km², no município de Alcântara, a 32 km de São Luís, capital do estado brasileiro do Maranhão.
Histórico
A data de 1º de março de 1983, quando foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara - NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infraestrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil, é considerada a data oficial de inauguração do CLA.
Nessa época, as primeiras famílias foram retiradas dos seus locais de origem, e transferidas para sete agrovilas, localizadas a 14 km de Alcântara. Apenas em Novembro de 1989, o CLA se tornou efetivamente operacional, quando na "Operação Pioneira", os primeiros foguetes do tipo SBAT foram lançados.
O CLA foi criado como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no estado do Rio Grande do Norte, pois o crescimento urbano nos arredores do CLBI, não permitia ampliações da base.
Características
Devido a sua proximidade com a linha do equador, o consumo de combustível para o lançamento de satélites é menor em comparação a outras bases de lançamento existentes. No âmbito do mercado das Missões Espaciais Internacionais, o CLA é o único concorrente do Centro Espacial de Kourou situada na Guiana Francesa, mas ao contrário deste, o centro espacial brasileiro não opera lançamentos constantes em razão de atrasos logísticos e tecnológicos.
A proximidade da base com a linha do equador (2 graus e 18 minutos de latitude sul): a velocidade de rotação da Terra na altura do Equador, auxilia o impulso dos lançadores e assim favorece a economia do propelente utilizado nos foguetes.
A disposição da península de Alcântara: permite lançamentos em todos os tipos de órbita, desde as equatoriais (em faixas horizontais) às polares (em faixas verticais), e a segurança das áreas de impacto do mar que foguetes de vários estágios necessitam ter.
A área do Centro: a baixa densidade demográfica possibilita a existência de diversos sítios para foguetes diferentes.
As condições climáticas: o clima estável, o regime de chuvas bem definido e os ventos em limites aceitáveis tornam possível o lançamento de foguetes em praticamente todos os meses do ano.
A base é considerada uma das melhores do mundo pela sua localização geográfica, por estar a dois graus da linha do Equador
Instalações
Prédio de preparação de propulsores (motores)
Prédio de preparação da carga útil (experimentos científicos/tecnológicos ou satélites)
Prédio de carregamento de propelente líquido
Prédios de apoio (onde o foguete pode ser guardado)
Lançador universal (torre para lançamentos de foguetes)
Torre Móvel de Integração (usado para os lançadores de satélites)
Centro de Controle Avançado (casamata).
Base aérea com pista de pouso pavimentada e sinalizada, e pátio de aeronaves.
Lançamentos previstos
Ciclone (Tsyklon)
Trata-se de um projeto binacional, entre Brasil e Ucrânia, voltado inicialmente para o desenvolvimento da quarta versão do foguete ucraniano lançador de satélites, da série CICLONE, e a implantação de infra-estrutura de solo necessária para o lançamento desse foguete a partir de Alcântara, no Estado do Maranhão.
VLS-2
Está previsto o desenvolvimento de um veículo denominado VLS-2, destinado à colocação de satélites de médio porte em órbita baixa (LEO), que poderá atender às necessidades de projetos nacionais ou estrangeiros.
Investimentos
Está previsto a construção da nova plataforma de lançamento de foguetes, que conterá novas tecnologias de segurança e funcionamento, visando o lançamento de um novo e moderno foguete lançador de satélites,em parceria a vários países, entre eles Estados Unidos e Ucrânia.
Localização
Ela está situada na latitude 2°18’ sul, e tinha originalmente uma área de 620 km², no município de Alcântara, a 32 km de São Luís, capital do estado brasileiro do Maranhão.
Histórico
A data de 1º de março de 1983, quando foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara - NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infraestrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil, é considerada a data oficial de inauguração do CLA.
Nessa época, as primeiras famílias foram retiradas dos seus locais de origem, e transferidas para sete agrovilas, localizadas a 14 km de Alcântara. Apenas em Novembro de 1989, o CLA se tornou efetivamente operacional, quando na "Operação Pioneira", os primeiros foguetes do tipo SBAT foram lançados.
O CLA foi criado como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no estado do Rio Grande do Norte, pois o crescimento urbano nos arredores do CLBI, não permitia ampliações da base.
Características
Devido a sua proximidade com a linha do equador, o consumo de combustível para o lançamento de satélites é menor em comparação a outras bases de lançamento existentes. No âmbito do mercado das Missões Espaciais Internacionais, o CLA é o único concorrente do Centro Espacial de Kourou situada na Guiana Francesa, mas ao contrário deste, o centro espacial brasileiro não opera lançamentos constantes em razão de atrasos logísticos e tecnológicos.
A proximidade da base com a linha do equador (2 graus e 18 minutos de latitude sul): a velocidade de rotação da Terra na altura do Equador, auxilia o impulso dos lançadores e assim favorece a economia do propelente utilizado nos foguetes.
A disposição da península de Alcântara: permite lançamentos em todos os tipos de órbita, desde as equatoriais (em faixas horizontais) às polares (em faixas verticais), e a segurança das áreas de impacto do mar que foguetes de vários estágios necessitam ter.
A área do Centro: a baixa densidade demográfica possibilita a existência de diversos sítios para foguetes diferentes.
As condições climáticas: o clima estável, o regime de chuvas bem definido e os ventos em limites aceitáveis tornam possível o lançamento de foguetes em praticamente todos os meses do ano.
A base é considerada uma das melhores do mundo pela sua localização geográfica, por estar a dois graus da linha do Equador
Instalações
Prédio de preparação de propulsores (motores)
Prédio de preparação da carga útil (experimentos científicos/tecnológicos ou satélites)
Prédio de carregamento de propelente líquido
Prédios de apoio (onde o foguete pode ser guardado)
Lançador universal (torre para lançamentos de foguetes)
Torre Móvel de Integração (usado para os lançadores de satélites)
Centro de Controle Avançado (casamata).
Base aérea com pista de pouso pavimentada e sinalizada, e pátio de aeronaves.
Lançamentos previstos
Ciclone (Tsyklon)
Trata-se de um projeto binacional, entre Brasil e Ucrânia, voltado inicialmente para o desenvolvimento da quarta versão do foguete ucraniano lançador de satélites, da série CICLONE, e a implantação de infra-estrutura de solo necessária para o lançamento desse foguete a partir de Alcântara, no Estado do Maranhão.
VLS-2
Está previsto o desenvolvimento de um veículo denominado VLS-2, destinado à colocação de satélites de médio porte em órbita baixa (LEO), que poderá atender às necessidades de projetos nacionais ou estrangeiros.
Investimentos
Está previsto a construção da nova plataforma de lançamento de foguetes, que conterá novas tecnologias de segurança e funcionamento, visando o lançamento de um novo e moderno foguete lançador de satélites,em parceria a vários países, entre eles Estados Unidos e Ucrânia.
domingo, 9 de junho de 2013
Centro de Lançamento de Alcantara
Um Lançamento de um foguete de sondagem VS-30/ORION realizado no (CLA) em Alcântara, Maranhão.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Raio X na Agência Espacial Brasileira
A Agência Espacial Brasileira (AEB) é uma autarquia do governo brasileiro de natureza civil, que está vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Criada em 10 de fevereiro de 1994, pela lei nº 8.854 , tem por finalidade promover o desenvolvimento das atividades espaciais brasileiras de forma descentralizada.
Para nortear estas ações e definir diretrizes, a AEB atua na coordenação central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE) e tem a responsabilidade de formular a Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e de formular e implementar o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), cujas atividades são executadas por outras instituições governamentais que compõem o sistema.
Atualmente a AEB está sob controle civil, anteriormente estava sob controle militar. Alguns atribuem a pressões dos Estados Unidos por esta mudança. Outros acreditam que foi decorrente da mudança de foco do programa espacial, decorrente da chegada de civis à Presidência da República
História
O então presidente Jânio Quadros em 1960 estabeleceu uma comissão que elaborou um programa nacional para a exploração espacial. Em decorrência deste trabalho, em agosto de 1961 formou-se o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), funcionando em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Seus pesquisadores participavam de projetos internacionais nas áreas de astronomia, geodésia, geomagnetismo e meteorologia.
O GOCNAE foi em abril de 1971 substituído pelo Instituto de Pesquisas Espaciais, atualmente denominado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Desde a criação do então Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), o atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira, em 1946, o País vem acompanhando os progressos internacionais no setor aeroespacial.
Com a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), passou-se a dispor de uma instituição plenamente capacitada à formação de recursos humanos altamente qualificados em áreas de tecnologia de ponta. O DCTA, por meio do ITA e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), desempenham uma função essencial na consolidação do programa espacial brasileiro.
No início da década de 1970, foi criada a Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (COBAE) - órgão vinculado ao então Estado-Maior General das Forças Armadas (EMFA) - com o objetivo de coordenar e acompanhar a execução do programa espacial. Tal papel coordenador, em fevereiro de 1994, foi transferido à Agência Espacial Brasileira. A criação da AEB representa uma mudança na orientação governamental, ao instituir um órgão de coordenação central do programa espacial, subordinado diretamente à Presidência da República.
Em 2011 o ministro da defesa da Argentina, Arturo Puricelli, fez uma proposta ao ministro brasileiro, Celso Amorim, para a criação de uma agência espacial sul-americana unificada até o ano de 2025, nos moldes da Agência Espacial Europeia

Atualmente a AEB está sob controle civil, anteriormente estava sob controle militar. Alguns atribuem a pressões dos Estados Unidos por esta mudança. Outros acreditam que foi decorrente da mudança de foco do programa espacial, decorrente da chegada de civis à Presidência da República
História
O então presidente Jânio Quadros em 1960 estabeleceu uma comissão que elaborou um programa nacional para a exploração espacial. Em decorrência deste trabalho, em agosto de 1961 formou-se o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), funcionando em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Seus pesquisadores participavam de projetos internacionais nas áreas de astronomia, geodésia, geomagnetismo e meteorologia.
O GOCNAE foi em abril de 1971 substituído pelo Instituto de Pesquisas Espaciais, atualmente denominado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Desde a criação do então Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), o atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira, em 1946, o País vem acompanhando os progressos internacionais no setor aeroespacial.
Com a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), passou-se a dispor de uma instituição plenamente capacitada à formação de recursos humanos altamente qualificados em áreas de tecnologia de ponta. O DCTA, por meio do ITA e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), desempenham uma função essencial na consolidação do programa espacial brasileiro.
No início da década de 1970, foi criada a Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (COBAE) - órgão vinculado ao então Estado-Maior General das Forças Armadas (EMFA) - com o objetivo de coordenar e acompanhar a execução do programa espacial. Tal papel coordenador, em fevereiro de 1994, foi transferido à Agência Espacial Brasileira. A criação da AEB representa uma mudança na orientação governamental, ao instituir um órgão de coordenação central do programa espacial, subordinado diretamente à Presidência da República.
Em 2011 o ministro da defesa da Argentina, Arturo Puricelli, fez uma proposta ao ministro brasileiro, Celso Amorim, para a criação de uma agência espacial sul-americana unificada até o ano de 2025, nos moldes da Agência Espacial Europeia
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